sábado, 18 de abril de 2009

Sobre tornar-se o que se é

"Aquela coisa que ele estava sentindo devia ser, em última análise, apenas ele mesmo. O que teve o gosto que a língua tem na própria boca. E tal falta de nome como falta nome ao gosto que a língua tem na boca. Não era, pois, nada mais que isso.
Mas, a essa coisa, uma pessoa ficava um pouco atenta; e ficar atenta a isso era ser. Assim, pois, no seu primeiro domingo, ele era.
O que, no entanto, começou a ficar um pouco intenso." (Lispector, A maçã no escuro, p. 32)

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